Passava pelos corredores, eu em meu mundo doido. Voava nas canções de um mp3 e transformava o mundo em idéias vazias. Buscava esquecer minha casa, minha família, meus objetivos, foi uma época foda.
Passava quase todos os dias pelos corredores e sempre tinha a sensação de presença. Por ser estranho, sempre fui notado pelas outras pessoas.
Jeito desencanado, nariz empinado para qualquer um. Eu e o mp3.
Nunca fui de dar bola pra mulherada, sempre fui o contrário de todos meus amigos e homens. Beliscava uma aqui, outra ali, quieto.
No início me machuquei com mulheres, muito. Aprendi.
Ela apareceu nem sei como, a vi num bar da facu e tombei a cabeça, ela também, com o jeito igual ao das outras quando estão interessadas por um homem. Fiquei com ela durante um tempo. Não consegui adquirir confiança em mim para prosseguir e dei uma afastada.
Passado alguns dias, voltamos a sair e dali a pouco começamos a namorar. Eu, egoísta que sou, sem saber o que estava fazendo. Porque quem me conhece sabe como sou e como penso.
Foi muito bom, aprendi muitas coisas com ela e passei a ver como somos bobos e tomados pelo sentimento quando não nos preparamos.
Eu sentia que faltava algo em mim para prosseguir e insisti nesse relacionamento. Como fui burro, como agi errado.
As tardes com a piccola eram sempre perfeitas, a gente se dava muito bem, não me lembro de termos brigado, era perfeito.
Como pude deixa-la daquela forma, sem ter motivos para aquilo. Dinheiro? Talvez fosse uma cobrança, distância também seria algo para se pensar. Hoje sei que isso não colaria.
A minha distância e egoísmo fizeram com que eu terminasse algo que certamente seria perfeito e lindo, com a pessoa que há um tempo percebi que me completaria.
Sinto uma falta extrema dela, mas como quem conhece o "amor" sabe. O dela se foi...
E aí? Bato o carro num poste? Como as idéias malucas que surgiam no namoro anterior. (claro que não, tenho que infernizar esse mundo mais um pouco, hahahaa)
Sofrimento (será) FDP, orgulho maldito (esse é certo, eita menino orgulhoso).
Conheço uma penca de meninas por aí, algumas muito boas, legais, inteligentes, interessadas...
Mas bláaa, não curto nenhuma, infelizmente e nem sei como ela sempre está no meu pensamento, seu jeito, carinho, amizade, amor, companhia... ahhh, como queria poder te recompensar e como gostaria que soubesse disso.
Não quero ser um velho rico e só. Isso está se tornando um sentimento estranho.
Passado, tenho que aprender a enterrar.
Um comentário:
Hey my dear...
Uma coisa eu te digo: nunca é tão tarde quanto você pensa.
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