sábado, 6 de dezembro de 2008

Bravo

Protógenes se diz surpreso com declarações de diretor da PF.

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz afirmou na quinta-feira que considera uma "surpresa" que "combater a corrupção" possa significar uma ação partidária. Ele falou em resposta a uma declaração do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que justificou o afastamento do delegado do setor de inteligência da PF pelo fato de ele ter atuação "próxima da questão partidária", o que seria incompatível com a função.

"Por combater a corrupção, por não querer atrocidades contra a sociedade, contra o meu país, isso pode ser classificado como cunho ideológico-partidário? Isso para mim é uma surpresa", disse em Fortaleza, onde esteve para palestrar em um evento promovido pelo Ministério Público Estadual.

"A população brasileira está indignada com o que está acontecendo. Então, a indignação do povo brasileiro é filiação partidária?", questionou. Ele negou que seja candidato a cargos públicos e disse que quer apenas atuar na função à qual a direção da PF o designar.

Ele também negou qualquer aproximação especial com o PSOL, partido que encabeçou uma moção de apoio a ele. Em Fortaleza, o delegado foi recebido por políticos de diferentes partidos, como o PT e o PDT, mas também do PSOL.

Protógenes deu palestra sobre o tema "corrupção no Brasil" e apresentou sua própria biografia como um exemplo da construção de um homem honesto. "Formou-se uma pessoa destinada a combater a corrupção", disse o delegado, depois de relatar sua infância, na qual a leitura de jornais substituiu a de livros infantis.

Em entrevista, ele negou que a Operação Satiagraha, que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas, tenha utilizado métodos ilegais para chegar às provas, e afirmou que a participação de agentes da Abin é legal. "Essa não foi a primeira operação da Polícia Federal a ter apoio da Abin e não vai ser a última", disse.

Protógenes confirmou que o agente da Abin Marcio Seltz, que depôs anteontem à CPI dos Grampos, trabalhou na operação, mas coletando dados de "fontes abertas". Ele não comentou o teor do depoimento do agente, que admitiu ter entregue ao então diretor-geral da Abin, Paulo Lacerda, um arquivo com parte dos grampos colhidos na investigação, o que é vedado à instituição.

Na palestra, após enumerar os políticos e empresários poderosos que já prendeu, Protógenes afirmou que continuará a combater a corrupção.

"A corrupção é um crime que considero hediondo, é um crime contra a própria humanidade, em que se desvia notadamente recursos públicos sangrados da saúde, da educação. Combater a corrupção no Brasil hoje é dever de cada cidadão, não só de um servidor público da Polícia Federal, mas de cada um de nós", afirmou.


Pois é meu caro Protógenes, quase todo mundo nesse planeta é corrupto. Basta mostrar a grana que qualquer um rola, da cambalhota e late feito cão interesseiro. TSC, TSC, nos falta um justiceiro para limpar essa corja de sujos e sem moral.

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